Nossa região anda tão traumatizada com as ações truculentas do ICMBIO e IBAMA nas regiões de garimpos que um simples anuncio de uma audiência publica provocou um clima de medo e tensão, muitos entenderam que seriam órgãos do governo federal que estariam aqui para expulsar as pessoas que está vivendo em áreas pertencentes a união, principalmente, nas questões APAS e Reservas Ambientais E Marco regulatório.
plenário ficou pequeno na audiência.
Mas logo o mal entendido foi desfeito e na audiência
ocorrida na Câmara as dúvidas foram dirimidas.
Os trabalhos foram
conduzidos pelos três representantes do SPU que convidaram a fazer parte da
mesa, o prefeito de Novo Progresso Gerson DIl, vereador Peninha e o representante
do prefeito Valmir Clímaco no ato, o ex vereador e Secretario de Administração
Diego Mota.
Gerson Dil muito elogiado por sua participação no evento
Os vereadores Felipe Marques, Maria Pretinha,
Conrado Iamax Prado estiveram presentes. Vários segmentos sociais e
empresariais estiveram na plenária, cooperativas agrícolas, garimpeiras,
agricultores, de Itaituba, Aveiro, Trairão, Novo Progresso, caracol, castelo de
Sonhos, Moraes Almeida etc.
pres.do Pimental entregando documento ao SPU
A audiência no plenário da Câmara
foi promovida pela Superintendência do Patrimônio da união no Pará(SPU),no evento
representado pelo por Marcos Antônio, Carlos Libonati e José Odilon. Sobre
o medo imperante antes da Audiência os representantes explicaram
claramente que a Audiência tem como meta apenas fazer a demarcação de
patrimônios pertencentes a União com o objetivo das mesas serem regularizadas,
resolvendo assim um antigo problema de não regularização fundiária.
Marco Antônio fez questão de reiterar no início da audiência. ” Ninguém vai desapropriar nem expulsar ninguém, só faremos tecnicamente o processo de demarcação e regularização de títulos públicos”
garimpeiro questionando duvidas na audiência.
Assim num grau de confiança
mais elevado a audiência lotou o plenário da Câmara que acabou ficando pequeno
pela quantidade de pessoas presentes incialmente os três representantes do SPU
fizeram uma ampla explanação técnica sobre o trabalho a ser feito em Itaituba e
demais municípios da região.
Galdino :cobranças e criticas a audiência pública.
Foi explicado que O SPPU em
cumprimento a legislação vai cadastrar somente áreas de rios que estejam dentro
da esfera federal entre eles o Tapajós, sendo que a audiência ocorrida neste
sábado dia 28.10 já é considerada o ponta pé inicial que consiste em várias
etapas. Todo ou qualquer patrimônio da união será objeto desse cadastramento.
Isabel, líder em Castelo de sonhos trazendo suas demandas
O órgão federal vai
fiscalizar apenas 33, metros de área Marinha (explicando que não se trata de associação
com a Marinha do Brasil), mas sim por se referir as marés e 15 metros de áreas
marginais.
Dr Jorgemar do Trairão fazendo questionamentos
Após concluída a fase de cadastramento e por último a Destinação, ou
seja, será feito processo de regularização sem risco de ninguém ser expropriado
já que a função do SPU não é fiscalizar questões ambientais, PLGS, mas sim de sistematizar
tudo que for patrimônio do governo federal. As audiências estão ocorrendo em
todo o Pará por região.
A audiência foi feita nas modalidades remota(on-line) e presencial coma dinâmica da audiência abrindo espaços as perguntas de quem estava no plenário e quem estava online. No geral quase todos os questionamentos abordaram sobre garantias de que não haverá risco de retirada das pessoas das áreas federais, o setor produtivo também com representantes fez critica a audiência que teria sido mal divulgada e feita num espaço muito pequena pela importância da discussão.
Os representantes do SPU exaustivamente
iam esclarecendo ponto a ponto. O piloto e garimpeiro Galdino usou a tribuna
por mais de vinte minutos numa explanação sobre questões da garimpagem com exibição
de documentos afirmando que o governo federal não tem interesse em desenvolver
a região, mas apenas tomar medidas repressivas.
Embora vindo as explicações
deque audiência não teria nada a ver com questões de meio ambiente, legalização
de garimpos, que o foco estava no levantamento a se feito para posterior legalização
fundiária, Galdino irredutível continuou questionando a Audiência inclusive
alegando que a mesma não deixou claro o evento na formulação do convite.
O prefeito de Novo progresso
Gerson Dill foi sucinto com três perguntas sobre seu município, uma delas sobre
o que já está regularizado pelo Incra, se esse cadastramento não iria causa
problemas, sobre a atividade das balsas no Rio Crepuri na área de marinha e
quanto a cessão dos Municípios nos polos turísticos. A
resposta é que no trabalho será levado em conta apenas as informações sobre
qual a realidade de cada região quanto ao processo de legalização fundiária a
ser efetivada após o cadastramento. Com o primeiro passo das audiências pública
em todo o estado incluindo nossa região, o SPU tem previsão de que em 2024 os
trabalhos já sejam iniciados.
Texto e fotos-Jornalista nazareno Santos
Portal do nazareno.
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