A VIDA É FODA, MAS FODA AINDA É SAIR DO NOSSO BURACO EXISTENCIALISTA.

 

Nazzareno Dy Santys é escritor, professor, jornalista e filósofo.

 

 

reflexão para 2025

Minha voracidade de leitura privilegia alguns gêneros, mas em síntese  busco uma visão holística macro quanto a sede de conhecimentos.   Para muitos que não tem esse hábito de buscar alternativas de conhecimentos em boas leituras, em assistir filmes ou séries digamos assim mais cerebrais, reflexivas, pode parecer algo meio obsessivo ou démodé exagerado.  Nessa jornada na estoica de literalmente me esbaldar no que eu chamo o banquete de sabedoria, já ouvi muitas frase do tipo, ler para que?.. Isso não dá dinheiro, o  lula é analfabeto de pai e mãe e virou presidente do Brasil.  Mas não é esse o viés desse artigo até porque o foco aqui é politica literária, cultura e quero iniciar esse meu primeiro artigo comentando um livro sensação que já vendeu mais de 1 milhã de cópias de Mark Manson chamado a Sutil arte de Ligar o Foda-se.

Quando vi a propaganda desse livro na internet, imaginei que seria mais um desses que douram a pílula e prometem formulas milagrosas enganosas, de como em fração de segundos transformar seu inferno astral ao paraíso prometido.  Sim porque autoajuda hoje está banalizada com fortes apelos de marketing que nem sempre reflete a expectativa de quem o compra. Mas esse além de matar minha curiosidade de leitor visceral e proficiente me surpreendeu pela maneira caustica dura, cruel como o autor joga na cara das pessoas a vida como ela é sem maquiagem.  E o livro ganha credibilidade por se tratar de um livro que reflete uma filosofia de vida do próprio autor, Por sinal há uma versão dele na netiflix com o auor narrando seu próprio texto.

Qual a finalidade de abordar esse livro? Mostrar para  você que está lendo esse artigo que ficar preso a opinões alheias, crenças e tabus seja de que ordem for, religiosa, filosófica, politica,  a nossa vida tem regras que  devem ser quebradas. Vire o jogo da vida que você ai descobrir que não é um rebelde sem causa.  O subtítulo obra publicada pela editora intrínseca com 223 páginas nos ensina, alias ensina não, nos orienta sobre como você pode criar seu próprio roteiro e escrever sua historia de vida buscando uma estratégia inusitada para uma vida melhor. (Grifo meu).  Diria que viver no piloto automático feito robô catapultando suas emoções e se intoxicando com energias ruins pode de repente ser uma boa ou má ideia, vai depender de como você lidar com seus problemas do dia a dia.

Poderia citar centenas de casos para mostrar que qualquer pessoa de repente pode dar um salto quântico em sua vida independentemente de condição social, financeira mesmo que ache que esteja abissalmente no fundo do poço de seus conflitos existenciais. Um poeta fascinante que teve tudo para não ser nada apenas um suprassumo do ultimo degrau do ultraje e do vilipendio humano. O  sujeito era um alcoólatra incorrigível, sobrevivia de um salário miserável como carteiro vegetando no seu circulo infernal vicioso entre a bebida alcoólica, farras homéricas de uma vida medíocre, insipida.  O passageiro dessa viagem num trem sem estação era  Charles Bukoski.  Seu sonho era ser escritor, mas tudo que enviava as editoras era rejeitado, até porque ele de fato não era uma pessoa que alguém pudesse convidar para alguma festa, ou evento qualquer, ele era também insociável do tipo estraga prazeres. O poeta xingava o destino achando que  ele sempre trazia conspirações porque  tudo dava errado em sua vida.

O seu trabalho é horrível, isso é tudo menos literatura, frases como essas vinham escritos por quem ele mandava seus originais. E com isso o poeta cada vez mais aumentava seu circulo infernal do vicio se enterrando no mundo sombrio das bebidas, seu salário ridículo de carteiro só dava para manter sua vida sem qualquer perspectiva de crescimento.

Farrista inominável,  Bucowski escrevia seus poemas numa pequena máquina de escrever, geralmente escrevia mais quando estava bêbado, sua razão de viver eram as putas e as bebidas alcoólicas.   Mas vou resumir porque o artigo não é uma autobiografia do autor, e após anos vagando entre o inferno de Dante e os sonhos encobertos pela neblina da depressão e tristeza eis que um belo dia alguém resolveu apostar na escrita do poeta, que com isso se tornou famoso mundialmente,  deu muitas palestras em universidades e enriqueceu também seu anjo da guarda como ele costumava dizer sobre seu primeiro editor. Após isso o poeta passou a ser disputado pelas maiores editoras dos Estados Unidos, incluindo as que haviam rejeitado seus escritos.

Que lição de podemos tirar?   Que buracos existem para você sair dele e não ser soterrado por eles.  Eu por exemplo tive muitos originais muitos poemas, contos também rejeitados, ouvir frases cáusticas como ”Escritor, esse ai não tem futuro vai morrer de fome”, e quem falava e ainda fala isso é minha esposa.     Outros não consideravam que minhas escritas tivessem qualidade literária, talvez porque isso ocorreu numa época em que eu ainda escrevia como autodidata sem nenhum curso superior como se faculdade fabricasse talento.    Porém nunca pensei em desistir de ser escritor e olha que foi e está sendo uma odisseia que foi além do tempo de Homero, lá se vão quatro décadas para as coisas começarem a se inverter.

Só que aprendi que sabiamente podemos com humildade aprender com pessoas brilhantes, aprender com os sábios é sabedoria também e Deus assim foi colocando pessoas em forma de anjos disfarçados, fantásticas no meu caminho de “escritor sem futuro nem talento para a escrita.”

Posso aqui citar uma pessoa muito especial, cuja humildade nos comove que é a Dra. Djalmira Sá de Almeida, minha colega de Academia, assim como também o Padre Davi Sá, escritor vigiense José Ildone,   Joaquim Amoras de Castro um excelente poeta de Marapanim com quem trabalhei em jornais escritos,  um editor que me abriu as portas para a estreia oficial no mundo das publicação, um italiano George Falangola, da Gráfica e editora Falangola em Belém e de tantas outras pessoas maravilhosas que ao invés de lenha para acender a fogueira do fracasso, me deram lanternas para que trilhasse meu caminho sem escuridão.

O próprio autor Mark Manson,   do A arte de Ligar o Foda-se foi preso aos 13 anos por uso de drogas,  expulso da escola, três meses depois seus pais se divorciaram e ele foi abandonado a própria sorte,  também é um exemplo e ele resolveu embora seja um velho clichê fazer de um único limão, a limonada que o tirou da merda, da vida predestinada pelo acaso, mas acasos diria que são frutos de nossas vivências,  portanto não importa em que buraco de problema você esta metido, nunca se entregue nem aceite o fato de disserem que você é o cocô do cavalo do bandido.   Se eu tivesse dado ouvidas as pessoas que cruzaram meu caminho para demolir meus sonhos hoje não teria 14 livros físicos publicados, não estaria com meus livros na Amazon fazendo sucesso.

Eu sou inexoravelmente uma pessoa estoica e resiliente, com couraça de hipopótamo suficiente para resignadamente superar qualquer golpe ou porrada que a vida me destine.  .Aprendi a usar os revezes, as intempéries da vida para quando necessário ressurgir das cinzas como Fênix, machucado mas vivo segurando meu cajado da esperança e dando a volta por cima. Aprendi  a tirar proveito das montanhas russas e gangorras que a vida me presentou.   Digo presenteou porque se não fossem as dificuldades, as pedras no meu caminho eu não teria me agigantado, vencido o provável e o improvável e hoje impavidamente ser um gigante do sucesso.

Sim eu sou um sucesso, embora algumas crenças idiotas acreditem que sucesso é só uma conta bancária gorda, o carro ou roupa da ultima moda.  Ate porque pela minha filosofia minimalista de ser nunca me deixei abater por questões materiais.  Dinheiro é bom precisamos dele, mas de que adianta conquistar tantas riquezas e não vencermos os nossos maiores monstros que são os conflitos existenciais entre a razão e a emoção?

Finalizo aqui dando algumas dicas para o próximo ano de 2024.  Entre sendo você mesmo (a) coloque na mochila ou mala de suas esperança todos seus sonhos, metas, projetos, mande a puta que pariu aqueles que  por si só já são fracassados, são tóxicos e num brado retumbante como diz na letra do nosso Hino grite o mais alto que puder.

Eu sou eu posso e nada vai deter meus passos rumo ao sucesso. Aos vitoriosos o podium da glória, aos pessimistas fracassados o circulo infernal da mesmice. As pernas são suas, o coração é seu, a mente é sua, seja você mesmo (a) não copie nem imite ninguém, apenas aproveite com sabedoria as coisas boas que cruzarem seu caminho e o restante aconselho que leia a Sutil arte de ligar o Foda- que parece ser um simples palavrão apelativo para vender a obra, mas não é,  isso eu garanto.

 Agora que a vida é foda isso é ninguém pode negar. Feliz 2025 encha a cara afinal por tudo que passou em 2024 vocês merece, mas não esqueça, encha a cara, mas não esvazie seu coração nem contamine seus sentimentos com a síndrome de vira-latas, você é um valoroso boxeador (a) nos ringues da vida, nasceu para nocautear e não ser somente nocauteado.

Não perca tempo jogando pedra nos cães sarnentos que rosnam pra você, siga em frente com estima nas nuvens,  e mergulhe no horizonte infinito  de seus desejos voando com as asas da fé e esperança, sem isso você sequer existiria, um sujeito sem esperanças é apenas um grão biológico vagando na galáxia do nada,  feito um cometa que só aparece a cada 4 anos mostrando sua luz numa velocidade que ninguém observa direito.

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