ZÉ DA ROÇA, O HOMEM MULTIFACETADO QUE FOI DOUTOR, DENTISTA E DELEGADO NA REGIÃO DE GARIMPO. “Sou mobral, só estudei 9 noites, mas sei entrar e sei sair”

 

ZÉ DA ROÇA, O HOMEM MULTICAETADO QUE FOI DR,DENTISTA E DELEGADO NA REGIÃO DE GARIMPO.

 

“Sou mobral, só estudei 9 noites, mas sei entrar e sei sair”

 

José Mendes de Souza, Zé da roça, chegou em nossa região em 28 de junho de 1959, aos 48 anos de idade, indo ao garimpo pau d'arco, região do Marupá. Costuma se definir como três D, por ter exercido as funções de delegado,




dr e dentista.     Vai logo dizendo em tom prosaico que teve 20 filhos, alguns no oficial e outros no paralelo com biscaites que conheceu em suas andanças, sendo que 13 deles ainda estão vivos.  Ele nasceu na cidade de barra de Maratona e se criou em Barranca Serrão.

 Porém antes de aqui chegar esteve no Maranhão, Porto velho e por último Santarém.  Zé da roça veio para Itaituba trazido pelo garimpeiro conhecido como Zeca Furtado, que estava em Santarém recrutando homens para trabalhar no garimpo na região do Marupá. Zeca furtado estava querendo apenas garimpeiros brabos e para não ficar de fora Zé da roça precisou dizer que também era brabo. Mas ele já trazia experiências de garimpos de Porto Velho.

No Pau D´arco Zé da roça trabalhou no sistema manual num barranco de 10X10, numa equipe de quatro homens sendo três brabos e um mansão, no caso Zé da roça.  O garimpeiro Zeca Furtado já havia trabalhado com Zé Arara. Porém é preciso explicar aqui que Zé da roça é um homem multifacetado, sendo ele farmacêutico, agricultor, dentista, garimpeiro, delegado de polícia e mais um monte de coisas

zÈ DA ROÇA É UMA LENDA NA HISTÓRIA DA GARIMPAGEM. 

Ainda jovem forte com muita disposição Zé da roça passou oito dias jogando cascalho, no total trabalho 90 dias, ganhou saldo de 1235 gramas de ouro, porém Zé da roça levou um cano de Zeca furtado, e sem ouro e ainda doente precisou ir para a pista andando dois dias no mato e nessa caminhada encontrou Bebé do Sudário,  um dos irmãos Sudários com quem estabeleceu amizade e inicio de um trabalho.  Zé da roça estava estropiado e Bebé do sudário brincando disse que ia ajudar um defunto.  Vendeu mercadorias fiado para Zé da roça afirmando o seguinte.


Zé da roça que ganhou esse apelido obvio por cultivar produtos agrícolas, era tudo muito farto, arroz, milho, farinha, macaxeira, cultivava em média 1,6   hectares por dia numa rotina extenuante, dura durante o dia, a roça fica próxima a pista do Marupá.    No início explorava a roça em sistema de parceria por exemplo de 80  hectares, 50 eram para bebe Sudário e trinta para ele, até quando começou a ter sua própria produção.   Quando começou a ´prosperar com suas roças, nosso protagonista disse que era alvo de muito olho gordo, tinha muita gente invejosa como até hoje em dia ainda tem

  ” Se tu morrer perdoo a dívida, se viver depois me paga” Zé da roça começou a produzir farinha, muito arroz numa região eminentemente de garimpo, com apoio do garimpeiro Alfredo Andrade.   Da mercadoria comprada no fiado, nos tempos em que cartão de crédito era um fio de bigode, Zé da roça trouxe nas costas dentro de um Jamanxim, arroz, farinha, café, açúcar, Jabá e outros produtos utilizados pelos garimpeiros na sua alimentação.   Na hora do bajerê, Zé da roça fervia água colocava jabá  (Preso a um cipó titica) dentro fazendo um caldo adicionando farinha.        Essa é uma longa história que você vai conhecer no próximo livro de pesquisas sobre nossa região.

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1 Comentários

  1. PARA QUE EU CONTINUE MEU PROJETO PRECISO DO APOIO DE VOCÊS, Comprando Alguns dos meus livros já publicados. Obrigado a todos

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