AGÊNCIA DE MINERAÇÃO NACIONAL, LANÇA EDITAL, NA FAI PARA TIRAR GARIMPEIRO DA ILEGALIDADE NO TAPAJÓS.

 

Há sete décadas desde seu início no Rio das tropas aos dias de hoje, a exploração mineral no Tapajós, os garimpeiros enfrentam um gargalo e buscam desatar um nó hermético na busca de que um dia consigam finalmente se regularizar e explorar o mineral de forma sustentável e de acordo com as leis de proteção a natureza. Mesmo com 15% de todo ouro explorado no Brasil sendo retirado daqui de Itaituba, mesmo gerando 70 milhões de reais e mesmo sendo a principal economia ativa que sustenta Itaituba e contribui para o Pará e Brasil,  o governo federal continua ausente, mandando apenas repressão, queima de equipamentos e a pecha de que os garimpeiros são bandidos, vilões na história da garimpagem.

Para desmitificar, para sanar de uma vez por todas esse engessamento histórico da região, na noite de sexta feira dia 06 de maio, estiveram participando de um grande evento na Fai o deputado federal Joaquim Passarinho e os diretores da Agência Nacional de Mineração nas três esferas, estado, município e união. Quem fez a abertura a ajudou a coordenar o grande encontro que contou com as presenças de garimpeiros, profissionais liberais, estudantes de direito da FAI,  classe política e comerciantes, foi o vereador Wescley Tomaz que de tano ir a Brasília batalhando pela causa garimpeira ganhou o apelido de vereador federal.  Foram 44 viagens levando demandas e cobrando uma saída para nossa garimpagem.





Por esse aspecto Wescley em seus discursos de abertura considera que a reunião tenha sido um momento histórico haja vista que não se tratou de uma mera reunião como tantas, mas sim um encontro com ações concretas, que na prática irão tirar os garimpeiros da ilegalidade. O vereador apresentou todos os anfitriões que estavam na mesa e agradeceu ao Diretor geral da FAI professor Abel Wuiapuan pela cessão da Faculdade para que a reunião acontecesse.

Na ocasião do evento também houve ato solene de posse da primeira diretoria do Instituto de Desenvolvimento Mineral do Tapajós composta  Lucas Peralta Pavarina,  na  diretoria contábil compliance foi designada Marta maria lelis  Pereira, Diretor Social Pedro Antônio Rodrigues de melo Junior ,Diretor Jurídico, dr. Druich Hammond Junior, Jubal Cabral filho assumiu a função de diretor Mineral, Diretor ambiental Guilherme Willi Aggens,  Dra Luciane Alves de Oliveira Pereira, Diretora executiva, fiscal I Alex Afonso da cruz Pamplona, Fiscal II Ricardo Eidt e Fiscal III  Erivan de Souza Nogueira.

Os dados estatísticos corroboram como provas de abandono e ausência do governo federal em buscar uma solução para a ilegalidade na mineração, dos últimos 32 anos até os diais atuais de 49.879 requerimentos  que deram entrada pedindo legalização somente 991 foram contempladas, dado esse mostrado pelo engenheiro florestal Guilherme Williagens, engenheiro florestal do Instituto de desenvolvimento mineral.

Mas da gama de questões debatidas na reunião, o foco do encontro foi na medida de criação do edital pela Agencia Nacional de Mineração (ANM) que vai conceder áreas de terras para que os garimpeiros possam ser contemplado.  Diferente dos demais editais lançados pela ANM, que são feitos via leilão,  esse segundo explicou o diretor técnico da área, não será necessária, o garimpeiro  apenas terá que fornecer todos s dados exigidos pelo edital e preenchido os tramites burocráticos poderá ser vencedor estando apto a iniciar processo da legalização, que será permitida apenas em áreas brancas, ou até mesmo local remoto. O edital levará em conta apenas os critérios sociais, o que vai facilitar com que o garimpeiro consiga se legalizar com mesma dificuldade.

Para Ronaldo Lima da ANM a ilegalidade não interessa para ninguém, nem para o município nem o estado nem a união, considerando importante que se conscientize também o garimpeiro a buscar sua legalização já que explorar no atual modelo não trará nada de positivo, sendo o ideal uma garimpagem sustentável,reposnavel e comprometida com boas práticas estabelecidas nas leis ambientais. Em áreas indígenas ou em de proteção integral não haverá concessão no edital. O técnico orientou que se houver empate na classificação haverá precedência como critério de desempate, havendo a garantia do acesso as terras liberadas somente aos garimpos que atuam na região do Tapajós, sendo vedada também participação de mineradoras.

Pelos critérios do Edital cinco itens são necessários para que o garimpeiro se torne superficiário da área pretendida, com diretor Mineral da ANM explicando que os garimpeiros serão beneficiados pelo edital através de suas cooperativas com 50 hectares para pessoas físicas e em 60 dias já terão áreas abertas. O procedimento burocrático do garimpeiro não terá obrigatoriedade de juntada de documentos, bastando o preenchimento do formulário atendendo todas as informações pedidas para que o pleiteante possa conseguir direito a terra, o que facilitará em seguida a legalização já que a intenção do edital é essa mesma, legalizar   o garimpeiro com todas as garantias constitucionais legais.

O deputado federal Joaquim Passarinho foi cobrado pelo garimpeiro Walderez   para que a Câmara derrube o artigo de lei que dá poder de policia ao Ibama e ICMBIO que queimam maquias e equipamento dos garimpeiros. O deputado disse que a Câmara não tem poderes para derrubar o decreto, explicando que tem um projeto nesse sentido há quatro anos, mas que nunca foi a votação.  Lembrou que a bancada ambientalista que é contra a exploração de ouro na região é maioria e derrubam toda proposta nesse sentido. Como saída o deputado sugeriu que o povo vote daqui pra frente em candidatos que não sejam contra a exploração mineral, crendo que a ferramenta de mudança está no voto.

Para o processo da legalização dos garimpeiros além do apoio das Cooperativas, o Instituto de desenvolvimento Mineral também terá importante na logística de informação e orientação já que sua meta é agir em consonância com a comunidade. Para a advogada especialista em questões minerais dra Luciane Oliveira haverá avanços importantes acreditando que todos os que atuam na economia garimpeira tem interesse em se legalizar, principalmente agora com o lançamento do edital.

 

 

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